Hotel
Glória com muita história para contar
A história do Hotel Glória começa
diante de um importante acontecimento histórico: o centenário da Independência
do Brasil. A pedido do então Presidente da República, Epitácio Pessoa, foi
idealizado um projeto que oferecesse requinte, sofisticação e excelência de
serviços para hospedar as delegações estrangeiras que viriam para os festejos
comemorativos da ocasião.
À frente da construção, estavam o empresário
Rocha Miranda e o projetista francês Joseph Gire, o mesmo idealizador do
Copacabana Palace e Palácio das Laranjeiras. Em 15 de agosto de 1922, era
inaugurado o Hotel Glória, o primeiro cinco estrelas do Brasil, considerado também
o primeiro prédio de concreto armado do país. Sua localização era estratégica:
no bairro da Glória, antes mesmo da construção do Aterro do Flamengo, o hotel
ficava a poucos metros do mar e possuía uma das mais belas vistas do Rio de
Janeiro, da Baía de Guanabara, Pão de Açúcar e Corcovado. Além disso, estava a
apenas 1,5 quilômetro do Palácio do Catete, então sede do governo federal.
O Hotel Glória, inclusive, sempre
teve uma grande importância política ao longo das décadas. Epitácio Pessoa
esteve presente na cerimônia de inauguração, tendo sido o primeiro dos 19
presidentes a passar pelo hotel. Entre eles, Getúlio Vargas, Ernesto Geisel,
Juscelino Kubitschek, José Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e
Luiz Inácio Lula da Silva. O Glória serviu ainda de residência para deputados,
senadores e ministros. A também proximidade do centro cultural da cidade
contribuiu ainda mais para a história de glamour do Hotel Glória, que, ao longo
de sua existência, recebeu diversas estrelas do cinema, teatro e música.
Em maio de 1949, o engenheiro
italiano Arturo Brandi adquiriu o prédio e passou a administrá-lo juntamente
com seu sócio, Eduardo Tapajós, que, posteriormente, assumiu integralmente o
comando do hotel. Em 1995, o
Hotel Glória entrou para o Guinness Book como o maior em número de quartos no
país. Em meados dos anos 90, iniciou-se um programa de reforma e modernização,
que, em 1997, transformou o Glória no primeiro hotel totalmente informatizado
do Rio de Janeiro. A partir daí, passou a integrar um sistema de reservas
conectado às agências de viagens em todo o mundo. O empresário Eduardo Tapajós
dirigiu o hotel por meio século até sua morte em 1998. Em seu lugar, assumiu
sua viúva, Maria Clara Tapajós.
Em 2008, a administração do Hotel optou por vender o empreendimento ao
Grupo EBX, do empresário Eike Fuhrken Batista. O Glória Palace Hotel – nome dado pela nova gestão – está passando por reforma
e revitalização, que devolverão todo o charme e pioneirismo tecnológico ao
hotel, através de um projeto sustentável e inteligente.
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