Segredos e
polêmicas de 10 cartões-postais
Eles são ícones absolutos das cidades onde estão e aparecem
em bilhões de fotografias feitas por turistas de qualquer pedaço do globo. De
tão conhecidos, parece até que sempre estiveram lá, como parte da paisagem urbana.
Mas, antes de virarem marcos, eles foram alvo de polêmicas, protestos judiciais
e debates sem fim em seus países.
Taj Mahal, Agra – Índia (1630-1652)
Depois de o Taj Mahal quase vir abaixo durante a rebelião
hindu, em 1857, o governo indiano passou a cuidar melhor do mausoléu feito da
força de mais 20 mil homens. O domo foi protegido por um andaime durante os
ataques da 2ª Guerra, na década de 40, e o conflito entre Índia e Paquistão, entre
os anos 60 e 70.
Capitólio,
Washington – Estados Unidos (1793-1868)
A primeira sessão do Congresso norte-americano ocorreu em
novembro de 1800, com o Capitólio ainda em obras. Isso porque o projeto foi
concluído 75 anos depois de ser encomendado, após passar por inúmeras
modificações e mãos de outros sete arquitetos.
Estátua da Liberdade, Nova York – Estados Unidos (1876-1884)
A Estátua da Liberdade só foi inaugurada dois anos após a sua
conclusão – o monumento que celebra o centenário da independência
norte-americana foi construído na França, desmontado em 350 peças e encaixotada
em 214 caixotes para ser despachada de navio até Nova York.
Ponte do
Brooklyn, Nova York – Estados Unidos (1870-1883)
A ponte que une os dois distritos mais badalados de Nova York
foi construída sobre o rio de cima para baixo, com câmaras pneumáticas. O
projeto inovador levou 13 anos para ser concluído, usou 10 mil km de cabos de
aço, custou US$ 15 milhões e matou 20 pessoas, inclusive seu projetista, John
Roebling.
Torre Eiffel, Paris – França (1887-1889)
A torre seria, temporariamente, a porta de entrada da grande
feira internacional de 1889, que reunia as novidades científicas e culturais da
época. Mas suas 10 mil toneladas e 300m de altura ganharam o posto de maior
construção do mundo por 41 anos e o coração dos franceses para todo o sempre.
Empire State,
Nova York – Estados Unidos (1930-1931)
3 mil operários fizeram o Empire State subir quatro andares e
meio a cada semana durante a obra. O arranha-céu foi erguido em tempo recorde
para se tornar a construção mais alta do mundo, título até então em posse da
Torre Eiffel. Se manteve no topo por mais 4 décadas.
Ponte Golden Gate, Califórnia – Estados Unidos (1933-1937)
2 mil ações tentaram impedir a construção da ponte Golden
Gate: os moradores temiam perder a bela vista, e os militares, uma saída
estratégica em tempos de guerra. E até a escolha da cor foi tumultuada! A
marinha exigia listras amarelas e pretas para que os barcos pudessem avistá-la
de longe, mas, enquanto os construtores decidiam como pintá-la, foi feito um
teste nas vigas com o laranja internacional. As autoridades do Estado gostaram
do tom vibrante e ficaram com ele.
Casa Fallingwater, Pensilvânia – Estados Unidos (1936-1939)
A família Kauffman queria ver a cachoeira da sacada da casa,
projetada por Frank Lloyd Wright. E o arquiteto surpreendeu os moradores quando
mostrou que o imóvel foi erguido sobre a cachoeira não para vê-la, mas para
senti-la: o som da queda-d’água preenche os interiores da mansão, hoje
transformada em um museu.
Pirâmide do museu do Louvre, Paris – França (1984-1989)
Não bastasse o projeto ter sido criticado por ter formas
futuristas demais para o contexto clássico do museu, o best-seller O Código Da Vinci ressuscitou o
mito de que a estrutura principal tem exatas 666 placas de vidro. No
aniversário de 20 anos, o arquiteto I. M. Pei desmentiu novamente a polêmica e
disse ter usado 673 placas, sendo 603 losangos e 70 triângulos.
Museu Guggenheim
de Bilbao – Espanha (1993-1997)
O projeto de Frank Gehry transformou um porto abandonado em
um forte polo cultural e turístico da Espanha. A forma do edifício lembra o
desenho moderno de Frank Lloyd Wright, autor do Guggenheim de Nova York, ao
mesmo tempo que é, também, um navio, em referência à antiga produção de barcos
do local.
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