terça-feira, 6 de novembro de 2012



Fotografar a água. Ta aí uma atividade que pode dar asas a nossa imaginação, tantas as possibilidades. De um simples reflexo espelhado na superfície de uma pequena poça d'água ao final da tarde, até a imponência de uma grande  cachoeira, ou a superfície de um oceano... Inúmeras são as possibilidades e resultados, dependendo daquilo que queremos, do cenário e do material que temos para trabalhar.


Explico. Quando saímos para fotografar, tanto podemos nos deparar com a tal poça d'água em nosso caminho, que podemos enquadrar com um zoom, por exemplo, como podemos estar diante de um quadro onde a água ocupa toda a área da imagem ou é uma das partes integrantes, ocupando variáveis quantidades de espaços, mas contribuindo decisivamente para aumentar o impacto da mesma.


Se estivermos diante de uma cachoeira, e tivermos à mão um tripé e uma câmera manual, podemos optar por congelar a água ou deixá-la "escorrer pela foto", produzindo aquele efeito enevoado, ou "borrado", tão presentes em calendários de paisagens e livros de imagens de natureza. Para obter o efeito "borrado", precisamos usar uma velocidade baixa, de modo a permitir que nossa "modelo", ou seja, a água, escorra diante da objetiva aberta, borrando a porção da imagem que está em movimento. A mesma coisa para riachos, que eventualmente ficam muito bem quando "borrados". Portanto, se optamos por uma velocidade baixa, precisamos compensar a exposição do filme, diminuindo a abertura no diafragma da objetiva, para permitir que a luz entre durante um tempo maior.


Inversamente, se optamos por congelar a água naquele exato momento, teremos de usar velocidades altas, e consequentemente uma abertura grande, de forma que a película possa gravar a imagem que queremos muito rapidamente, não permitindo que a "modelo" se mova no exato momento do clic.

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